Você sabe para que serve o eletrocardiograma?
Publicado em: 20/07/2021

A saúde cardiovascular requer cuidados que devem caminhar lado a lado com a qualidade de vida e a prevenção de doenças. Um dos primeiros passos para manter o bom funcionamento do coração é monitorar o nosso estado de saúde, o que pode ser feito por meio de um exame bastante simples e efetivo: o eletrocardiograma.
Mas para que serve o eletrocardiograma?
O eletrocardiograma (ECG) é um exame não invasivo e indicado para avaliar a atividade elétrica do coração. A partir dele, é possível verificar o ritmo, o quantitativo e a velocidade dos batimentos por minuto, além da movimentação das câmaras do coração.
Por meio de eletrodos fixados na pele do paciente, seu registro pode detectar a existência de doenças ou, ainda, apontar para problemas futuros. O exame costuma durar, em média, dois a cinco minutos. Por ser considerado indolor, raramente são relatadas queixas nesse sentido, embora, em alguns casos, seja possível ocorrer pequenas irritações na pele devido ao contato com os eletrodos.
Além do seu caráter preventivo, o eletrocardiograma é indicado para o acompanhamento da evolução de doenças e para o controle de medicamentos utilizados para os quadros de arritmia cardíaca, angina de peito, infarto do miocárdio e uso de marca-passo. Também é recomendado para avaliar as condições para iniciar a prática de exercícios físicos e na avaliação pré-operatória.
Confira os problemas cardíacos facilmente diagnosticados pelo eletrocardiograma:
– Arritmias cardíacas
– Doenças coronarianas e genéticas;
– Doenças transmissíveis, como a Doença de Chagas;
– Infarto do miocárdio;
– Alterações nas válvulas do coração;
– Aumento de cavidades cardíacas;
– Inflamações do coração e pericárdio.
Para quem o eletrocardiograma é indicado?
O eletrocardiograma é indicado para fins preventivos, mas também pode ser solicitado para exames admissionais e demissionais de trabalhadores, para o início de atividades físicas em academias, para o acompanhamento da evolução de doenças do coração já diagnosticadas ou em fase de tratamento, e como parte da avaliação pré-operatória.
Geralmente, está entre os exames periódicos anuais para as mulheres a partir dos 50 anos de idade e para os homens na faixa etária dos 40, independentemente de qualquer sintoma. Porém, caso o paciente tenha histórico familiar de doenças coronarianas, a qualquer momento o médico poderá solicitar o exame, a fim de ser avaliado, inclusive, em conjunto com o teste ergométrico e o ecocardiograma.
Como é feito o eletrocardiograma?
O eletrocardiograma pode ser feito no próprio consultório médico, em clínicas especializadas ou no hospital. O paciente precisa permanecer na posição deitada durante todo o exame, que ocorre por meio de cabos e pequenos contatos metálicos — os eletrodos, fixados na região do tórax, braços e pernas, e que permanecem ligados ao aparelho do eletrocardiograma, chamado eletrocardiógrafo digital. Por sua vez, o aparelho é capaz de transformar os sinais elétricos em linhas impressas.
Vale lembrar que não há necessidade de preparo para fazer este exame, mas existem algumas dicas que podem ser úteis para o momento de sua realização. Recomenda-se que as mulheres usem roupas que facilitem erguer apenas a blusa e, para os homens, em alguns casos, o cardiologista pode precisar que a região do tórax esteja livre de pelos para a melhor fixação dos eletrodos.
Também é importante que o paciente informe ao médico quais são os medicamentos que estão sendo usados e em quais frequência e dosagem, uma vez que podem alterar o resultado do exame.
Os resultados considerados normais, geralmente, indicam os batimentos cardíacos entre 60 e 100 batidas por minutos (bpm).
Cabe lembrar que o eletrocardiograma pode apontar para resultados normais, mesmo em pacientes com histórico de doenças cardíacas ou que estejam em tratamento. Por isso, além da realização do exame, é preciso uma avaliação médica minuciosa e ampla de todo o quadro clínico, que pode contar, inclusive, com solicitações de outros exames.
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